
O choro representa um importante meio de comunicação da criança com seus pais. A cólica do bebê encontra-se na categoria de choro excessivo sem causa aparente, autolimitado, prejudica o dia a dia da família, além de perturbar o sono da criança e dos seus pais.
Caracteriza-se por choro severo, que pode ocorrer no bebê em quaisquer horas do dia, mas que tem preferência para manifestar-se no fim da tarde com “hora marcada” e nas primeiras horas da noite. Durante a crise, dificilmente consegue-se consolar o lactente, o qual apresenta fáceis de grande dor, comfrequência flexiona os membros inferiores contra o abdômen e apresenta os punhos fechados. O choro é em geral alto e estridente, sendo capaz de infundir angústia aos pais da criança. Ocorre em geral em lactentes com menos de três a quatro meses de idade e as crises começam com choro contínuo, que pode durar várias horas.
É portador de cólica o bebê que, saudável nas avaliações, com peso e desenvolvimento adequados na curva ponderal, apresenta paroxismos de inquietude ou choro, que duram mais de três horas por dia, mais do que três dias por semana e cuja condição persista além de três semanas.
No dia a dia do pediatra é fato conhecido que os pais se preocupam com a possibilidade de seu filho ter cólicas já nos primeiros dias de vida, no entanto, não é verdade, pois estudos constataram que os ataques de cólicas estão ausentes nesse período de vida do recém nascido, 80% a 100%dos pacientes afetados manifestam a cólica com três semanas após o nascimento.
A grande intervenção para o problema da cólica dos bebês é tranquilizar a família, principalmente a mãe, esclarecendo suas dúvidas e dando-lhe suporte para esta fase da vida de seu filho.
A terapia medicamentosa deve ser utilizada com cautela, por conta de efeitos colaterais.
Estimular a amamentação com leite materno é vital, para aumentar o vínculo mãe-filho.
O pediatra deve dar aos familiares a orientação sobre a boa higiene e o sono das crianças.